segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ANHANGUERA SOROCABA (KROTON) - Tecnólogo em Marketing e Pronatec Projeto Discente - “Imagem e irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados” Profa. Ma. Mariana Domitila

ANHANGUERA SOROCABA (KROTON) - Tecnólogo em Marketing e Pronatec

 Projeto Discente
“Imagem e irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados”

 Profa.  Ma. Mariana Domitila


Autoconceito: O autoconceito refere-se ao que você pensa de si próprio. Como cada um se denomina, se classifica e se vê dentro da vida em sociedade.  Esta concepção se refletirá na maneira como se trata: o que fala consigo, o que exige de si e como.

Um indivíduo pode se estimular ou se mimar, se insultar e não ver nada de bom em seu comportamento; ou então, também pode estabelecer metas inalcançáveis e se frustrar depois por não alcançá-las - como muita gente faz, por mais que agir assim pareça irracional a alguns.

Somos vítimas de nossas próprias ações e decisões: cada um escolhe amar-se ou não, porém, nem sempre temos consciência do dano que acabamos causando a nós mesmos quando não administramos bem essa questão. Além de sobreviver à luta diária, também é preciso aprender a sobreviver a si mesmo: o inimigo nem sempre está do lado de fora. “Se o seu cérebro não tiver o que fazer, ele vai começar a fazer alguma coisa, sem se importar com o que seja. Você talvez se importe, ele não! ”. Por isso muitas pessoas são prisioneiras dos seus próprios cérebros. É como se elas estivessem acorrentadas no último banco e deixassem outra pessoa dirigir seu próprio ônibus da vida, no lugar delas.

O contexto da Autoimagem entre os discentes

Percebe-se uma realidade paradoxal, ou seja, uma irrealidade sustentada entre os grupos sociais mais jovens ou mesmo no âmbito acadêmico, onde padrões de imagem e autoimagem se repetem dentro da utópica perfeição artificializada pela indústria cultural. O julgamento com a autoimagem e a imagem do outro é constantemente dura e crítica. Os alunos compartilham apelidos, julgamentos negativos e conflitos durante tarefas em grupo, resultando muitas vezes na inabilidade de trabalhar em equipe de forma produtiva e saudável mercadologicamente falando. Além disso, nestes seis anos de docência no ensino superior percebo o quanto certos alunos deparam-se com comportamentos introvertidos no sentido de não alimentarem uma autoestima saudável, preferivelmente mais elevada, que lhes proporcione maior autoconfiança na maneira de ser e estar não apenas em sala de aula, mas principalmente na vida pessoal e profissional. Padrões de beleza, aparência e comportamento disseminados pela mídia e pela indústria cultural reforçam as problemáticas entre os sujeitos pós-modernos no sentido de se autovalorizarem e valorizarem o outro. Isso influencia na maneira como verão e atingirão ou não suas próprias metas pessoais e profissionais. Portanto, como parte do desenvolvimento humano, torna-se indispensável fazer uma autoanálise objetivando se autoconhecer cada vez mais, aceitando-se e aprimorando-se a cada instante.


O Projeto - “Imagem e irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados”

Pensando nisso e também inspirada pelo documentário da marca Dove: “Retratos da Real Beleza - a forma como as mulheres se veem em comparação a como são vistas” (http://youtu.be/litXW91UauE); desenvolvi o Projeto “Imagem e irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados” como proposta e desafio para os alunos em sala de aula.



Participantes do Projeto: Discentes da Faculdade Anhanguera Sorocaba (Kroton) -  Alunos do Tecnólogo em Marketing (disciplina Promoção de Vendas, Propaganda e Publicidade) e alunos do Pronatec em Orientação Comunitária (disciplina Comunicação, Cultura e Desenvolvimento).


Objetivo:
  • Desenvolver a habilidade de autoconceito e possibilitar a amplitude da visão, entendendo que cada sujeito é único e especial ao mesmo tempo em que é muito parecido com seus colegas e conviventes.
  • Entender e motivar a importância da alimentação da autoestima e sua influência nas atividades pessoais e profissionais.
  • Incrementar a empatia e a habilidade de respeitar as diferenças e semelhanças.

A dinâmica do Projeto:

Cada aluno foi desafiado a desenhar-se de corpo inteiro num primeiro momento (Como me vejo?). Posteriormente a proposta foi a de desenhar o colega (Como o outro me vê?). Após isto, foram alinhadas duplas em que um desenhou o outro sem mostrar no primeiro momento o resultado final. Os desenhos foram apresentados e devolvidos aos alunos na aula seguinte em forma de painel.

Além disso, foi exibido o documentário da marca Dove: “Retratos da Real Beleza” e realizado um debate sobre o tema, juntamente com a análise de conceitos antes estudados como o da “Modernidade Líquida” do sociólogo polonês Zygmunt Bauman e o da “Felicidade Paradoxal” do filósofo francês Gilles Lipovetsky.

Depois da revelação dos autorretratos realizados pelas duplas, e do debate feito em seguida à revelação, todos os alunos foram desafiados na criação de uma frase motivadora relacionada à autoestima e autoconceito. Após a escolha e adaptação das melhores frases, desenvolveu-se a Campanha Social do Projeto: - “Imagem e irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados”, que através de versões gráficas confeccionadas a partir dos desenhos dos alunos chama a atenção do receptor para o tema através da sua divulgação em redes sociais virtuais.



 

Assim, parabenizo todos os meus alunos que ativamente se envolveram e acreditaram neste projeto. O resultado foi revelador e motivador. 

Agradeço também a Instituição Anhanguera (Kroton) e aos coordenadores de curso: Profª Marcia Lopes Giaponesi e Profº Thiago Reis Hoffmann pela confiança e apoio.





Confira as fotos dos trabalhos realizados: