ANHANGUERA SOROCABA
(KROTON) - Tecnólogo em Marketing e Pronatec
Projeto Discente
“Imagem e irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados”
Profa. Ma. Mariana Domitila
Autoconceito: O
autoconceito refere-se ao que você pensa de si próprio. Como cada um se
denomina, se classifica e se vê dentro da vida em sociedade. Esta concepção se refletirá na maneira como
se trata: o que fala consigo, o que exige de si e como.
Um indivíduo pode se
estimular ou se mimar, se insultar e não ver nada de bom em seu comportamento;
ou então, também pode estabelecer metas inalcançáveis e se frustrar depois por
não alcançá-las - como muita gente faz, por mais que agir assim pareça
irracional a alguns.
Somos vítimas de
nossas próprias ações e decisões: cada um escolhe amar-se ou não, porém, nem
sempre temos consciência do dano que acabamos causando a nós mesmos quando não
administramos bem essa questão. Além de sobreviver à luta diária, também é
preciso aprender a sobreviver a si mesmo: o inimigo nem sempre está do lado de
fora. “Se o seu cérebro não tiver o que fazer, ele vai começar a fazer alguma
coisa, sem se importar com o que seja. Você talvez se importe, ele não! ”. Por
isso muitas pessoas são prisioneiras dos seus próprios cérebros. É como se elas
estivessem acorrentadas no último banco e deixassem outra pessoa dirigir seu
próprio ônibus da vida, no lugar delas.
O contexto da
Autoimagem entre os discentes
Percebe-se uma
realidade paradoxal, ou seja, uma irrealidade sustentada entre os grupos
sociais mais jovens ou mesmo no âmbito acadêmico, onde padrões de imagem e
autoimagem se repetem dentro da utópica perfeição artificializada pela
indústria cultural. O julgamento com a autoimagem e a imagem do outro é
constantemente dura e crítica. Os alunos compartilham apelidos, julgamentos
negativos e conflitos durante tarefas em grupo, resultando muitas vezes na
inabilidade de trabalhar em equipe de forma produtiva e saudável
mercadologicamente falando. Além disso, nestes seis anos de docência no ensino
superior percebo o quanto certos alunos deparam-se com comportamentos
introvertidos no sentido de não alimentarem uma autoestima saudável,
preferivelmente mais elevada, que lhes proporcione maior autoconfiança na
maneira de ser e estar não apenas em sala de aula, mas principalmente na vida
pessoal e profissional. Padrões de beleza, aparência e comportamento
disseminados pela mídia e pela indústria cultural reforçam as problemáticas
entre os sujeitos pós-modernos no sentido de se autovalorizarem e valorizarem o
outro. Isso influencia na maneira como verão e atingirão ou não suas próprias
metas pessoais e profissionais. Portanto, como parte do desenvolvimento humano,
torna-se indispensável fazer uma autoanálise objetivando se autoconhecer cada
vez mais, aceitando-se e aprimorando-se a cada instante.
O Projeto - “Imagem e
irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados”
Pensando nisso e
também inspirada pelo documentário da marca Dove: “Retratos da Real Beleza - a
forma como as mulheres se veem em comparação a como são vistas”
(http://youtu.be/litXW91UauE); desenvolvi o Projeto “Imagem e irrealidade do
Eu: Autorretratos Sujeitados” como proposta e desafio para os alunos em sala de
aula.
Participantes do
Projeto: Discentes da Faculdade Anhanguera Sorocaba (Kroton) - Alunos do Tecnólogo em Marketing (disciplina
Promoção de Vendas, Propaganda e Publicidade) e alunos do Pronatec em
Orientação Comunitária (disciplina Comunicação, Cultura e Desenvolvimento).
Objetivo:
- Desenvolver a habilidade de autoconceito e possibilitar a amplitude da visão, entendendo que cada sujeito é único e especial ao mesmo tempo em que é muito parecido com seus colegas e conviventes.
- Entender e motivar a importância da alimentação da autoestima e sua influência nas atividades pessoais e profissionais.
- Incrementar a empatia e a habilidade de respeitar as diferenças e semelhanças.
A dinâmica do Projeto:
Cada aluno foi
desafiado a desenhar-se de corpo inteiro num primeiro momento (Como me vejo?).
Posteriormente a proposta foi a de desenhar o colega (Como o outro me vê?).
Após isto, foram alinhadas duplas em que um desenhou o outro sem mostrar no
primeiro momento o resultado final. Os desenhos foram apresentados e devolvidos
aos alunos na aula seguinte em forma de painel.
Além disso, foi
exibido o documentário da marca Dove: “Retratos da Real Beleza” e realizado um
debate sobre o tema, juntamente com a análise de conceitos antes estudados como
o da “Modernidade Líquida” do sociólogo polonês Zygmunt Bauman e o da
“Felicidade Paradoxal” do filósofo francês Gilles Lipovetsky.
Depois da revelação
dos autorretratos realizados pelas duplas, e do debate feito em seguida à
revelação, todos os alunos foram desafiados na criação de uma frase motivadora
relacionada à autoestima e autoconceito. Após a escolha e adaptação das
melhores frases, desenvolveu-se a Campanha Social do Projeto: - “Imagem e
irrealidade do Eu: Autorretratos Sujeitados”, que através de versões gráficas
confeccionadas a partir dos desenhos dos alunos chama a atenção do receptor
para o tema através da sua divulgação em redes sociais virtuais.
Assim, parabenizo
todos os meus alunos que ativamente se envolveram e acreditaram neste projeto.
O resultado foi revelador e motivador.
Agradeço também a Instituição Anhanguera
(Kroton) e
aos coordenadores de curso: Profª
Marcia Lopes Giaponesi e Profº
Thiago Reis Hoffmann pela confiança e apoio.
Confira as fotos dos
trabalhos realizados: